terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Os incentivos estão ao virar da esquina por Fernando Cambraia | Melhor Ficha de Trabalho (3º Ano LEERI 2010/2011)

Um dos principais problemas de Portugal, além do excessivo endividamento externo e interno e da necessidade de reequilibrar as finanças públicas, reside na baixa produtividade que afecta a nossa competitividade internacional e dificulta o crescimento das exportações.

Com um tecido empresarial composto essencialmente por PME’s, um mercado interno pequeno que tem esgotada a sua capacidade de crescimento, em especial nos dias de hoje em que se avizinha uma quebra nos consumos público e privado, não restará outra alternativa às PME’s que não seja apostarem nos mercados externos.

O alargamento da União Europeia representa um desafio e uma oportunidade muito importante para as PME portuguesas, devendo as mesmas prepararem-se adequadamente para responderem eficazmente e com qualidade ao forte aumento da concorrência, aproveitando o crescimento exponencial do mercado interno e o previsível aumento de captação de projectos de cooperação financiados por instrumentos e fundos disponíveis a nível comunitário.

As PME’s portuguesas para serem competitivas, de modo a satisfazerem as expectativas do cliente final e actuarem em função dos padrões de qualidade internacionalmente aceites, terão que definir estratégias de exportação e internacionalização, investir na inovação e em I&D, na formação dos recursos humanos e nas capacidades de gestão e organização, na criação/lançamento de marcas próprias, apostar no marketing, no “design” e na implementação de programas adaptados aos mercados alvo.

A União Europeia elabora políticas cujo objectivo é apoiar as PME’s no seu desenvolvimento e crescimento, independentemente da actividade estar no início ou em crescimento. Actua em favor tanto dos empresários já existentes como dos potenciais empresários. Dá uma especial atenção a formas específicas de empreendedorismo (mulheres empresárias, empresas artesanais ou de economia social), à aquisição de competências, à redução da burocracia, ao acesso aos mercados e ao reforço da informação.

Em termos de apoios financeiros é de referir o programa-quadro para a competitividade e a inovação (CIP) (2007-2013).
Em conjugação com a União Europeia, o Estado Português deve ajudar através da bonificação de juros, incrementar os seguros de crédito e garantir aos bancos o risco de empréstimos. Ainda a nível interno, os bancos podem ajudar a elaborar planos de negócio e de investimento, a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) a identificar os melhores mercados com oportunidades e ajudar na interpretação das leis do investimento externo e o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas) a definir as estruturas de gestão e marketing internacional ajustadas às suas estratégias.

Só resta “expedir” para sobreviver e “exportar” para competir.

Texto elaborado por:
Fernando Jorge Pereira Cambraia
Curso de Estudos Europeus e Relações Internacionais
3º Ano – Dezembro 2010


Ficha de avaliação: Comentário a 1 artigo sobre Fundos Europeus

«Os incentivos estão ao virar da esquina » por João Aranha | Tax Manager | Baker Tilly Portugal [http://www.oje.pt/opiniao/opiniao/os-incentivos-estao-ao-virar-da-esquina]

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